quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Sangue lutador de um lusitano

O mundo em que vivemos consegue ser gratificante em alguns sentidos mas todos os dias enfrentamos imensas dificuldades que nos derrubam aos poucos. Infelizmente, temos de lidar constantemente com o facto da condição precária a que o país sujeita os seus cidadãos. Somos novos? Sim. Estamos a estudar? Sim. Queremos trabalhar? Sim. Sonhamos com um futuro gratificante? Sim. Apesar das respostas a estas questões serem positivas não existe uma correspondência assim tão positiva com o que realmente acontece no nosso país. Todos os dias ligamos a televisão ou o rádio, abrimos o jornal e aquilo com imediatamente nos deparamos é o estado miserável em que este país se encontra. Um país que nem sequer conseguer garantir segurança económica aos seus habitantes. Com tudo o que se passa em Portugal, seja a elevada taxa de desemprego dos jovens, o contrato provisório ou a recibos verdes, o salário minimo recebido, uma nova geração sente o seu futuro ameaçado e acaba mesmo por intitular-se de ‘’geração à rasca’’.  Os estudantes e licenciados são sem dúvida aqueles de que mais se fala quando pensamos na tal ‘’geração à rasca’’, mas não nos podemos esquecer que em Portugal estas condições abrangem um número enorme de mulheres e de pessoas de mais idade.Eu própria me incluo nessa geração. Já lá vão os tempos em que ainda acredita que mal acabasse a licenciatura me ‘’caía’’ uma proposta de emprego e daí até me sentir realizada naquilo que fizesse eram só uns passinhos. Hoje posso dizer que já não sou assim. Cada dia que passa compreendo que apesar dos imensos licenciados que o país tem, esses mesmos não conseguem ascender ao seu desejo de uma vida melhor ou mais gratificante. E porquê? Porque mesmo que tenham um emprego, esse mesmo pode nem sequer corresponder à área em que se formaram ou trabalham sob condições que não são as melhores. Por isso mesmo, penso: ‘’Será que são as pessoas que não se esforçam para conseguir trabalhar dentro da sua àrea ou será o país não lhes dá sequer essa oportunidade?’’. Até hoje o pensamento que seguidamente me invade a mente é ‘’Realmente vivo num país que não investe nos mais jovens, não tenta dar oportunidades e não se preocupa se estou a fazer aquilo que quero e de que gosto’’. Este deve ser o ‘’dilema’’ que todos os dias permance no meu pensamento e, com certeza, no pensamento de milhões de estudantes portugueses que vêem o seu futuro ameaçado por um país que não se preocupa, que não tenta.A verdade é que muitas vezes precisamos de músicas como a ‘’Sou Parva’’ dos Deolinda e o Movimento ‘’Geração à Rasca’’ para abrirmos os olhos e chegarmos à conclusão de que temos de ser nós a lutar pelo nosso futuro. É necessário, então, que paremos de choramingar, deitemos mãos à obra, tomemos iniciativa e mostremos de que realmente é feito o sangue de um lutador lusitano. É por isso mesmo que eu, ser humano lutador, saí do meu mundo de cinderela e decidi fazer algo por mim e por todos aqueles que querem ser alguém na vida. O segredo? O segredo é simples: acreditar e nunca desistir.

N.Vieira

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Um começo

Tudo na vida se baseia por começar. Começamos a comer, a falar, a estudar, a trabalhar, a namorar, a criar, a querer fazer tudo e mais alguma coisa ao mesmo tempo. Por isso mesmo, decidi começar. Começo aqui um lugar meu onde posso ser livre, onde posso dizer aquilo que me apetece sem ser julgada fria e cruelmente. Não há muito a saber sobre mim. Sou uma pessoa simples que ingressou no mundo do jornalismo por este a cativar desde sempre. Gosto de tudo mas também não gosto de nada. Quero tudo mas também não quero nada. Sonho em fazer tudo mas também sonho em não fazer nada. Complicações e descomplicações de um ser feminino em busca de algo mas também de nada. O nome que dei ao blog deve-se, então, às complicações que cada ser humano tem em toda a sua vida mas também as descomplicações que rapidamente invadem as suas vidas e as fazem parecer uma coisa bastante mais simples. Portanto, fica aqui um começo, o meu começo.

N.Vieira