Um mês e meio. Parecia uma vida. Porquê? Porque nunca aprendeu como naquele tempo. O contraste rodeou-a durante dias, semanas. Adaptou-se à pobreza feliz. Habituou-se a pessoas do mundo. Criou a sua própria rotina. E quando se ambientou teve de partir. Mas não partiu em vão. Levou consigo pessoas, lugares, momentos. Era o início de uma nova viagem. Foi sozinha e certamente o voltará a fazer. Agora é hora de desarrumar as malas. Pelo menos por uns dias. Depois vai voltar a fazê-as. Mas, desta vez, para bem mais perto.
N.Vieira