sábado, 31 de dezembro de 2011

1 ano em 40 palavras

Um. Ano. Vida. Aventura. Descoberta. Sonhos. Pessoa. Amor. Desafio. Adorar. Medo. Choro. Grito. Coragem. Arriscar. Irmãos. Dar. Receber. Ajudar. Beijar. Tristeza. Amigos. Abraço. Carinho. Pai. Lutar. Sofrer. Superar. Acreditar. Desejar. Perder. Renascer. Mãe. Começar. Esforçar. Resistir. Continuar. Sempre. A. Sorrir.

N.Vieira

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

apagar

Apagar. Apagam-se memórias. Apagam-se medos. Apagam-se sorrisos. Apagam-se frustrações. Apagam-se desejos. Apagam-se pensamentos. Apagam-se pesadelos. Apagam-se sonhos. Apagam-se passos. Apagam-se falas. Apagam-se conversas. Apagam-se elos. Apagam-se conjuntos. Apagam-se pessoas. Apagam-se mundos. Apagam-se "eu's". Para quê? Para construir de novo. Para fazer renascer o perdido. Para ressuscitar o que foi enterrado. Para estar novamente presente. Para simplesmente viver outra vez.

N.Vieira

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

send something, wish something

"Send a wish upon a star, make a map and there you are". E se enviar mesmo... será que o desejo é recebido? Será que o desejo é concretizado? Porque por vezes não se trata somente de "enviar o desejo". Temos de "fazer um mapa", determinar para onde queremos ir e como queremos ir. "Send a question to the wind, it's hard to know where to begin". E se enviar mesmo... será que a questão é ouvida? Será que "o vento" garante que a questão é entregue? Porque por vezes é isso mesmo: difícil de saber por onde começar. Difícil de saber qual o caminho a escolher. Seja por onde for que se deseja algo, desejar só não chega. Há que tentar, há que fazer um esforço. 

N.Vieira

domingo, 25 de dezembro de 2011

young at heart

"And the tears come streaming down your face
when you lose something you can't replace
when you love someone but it goes to waste
could it be worse?

Lights will guide you home
and ignite your bones
and I will try to fix you."

Ao som de youngatheartchorus ainda ganhou mais significado. Porque se trata de nós com os outros, dos outros connosco, sempre.

N.Vieira

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

barreira imaginária

Tentamos criar uma barreira. Por mais forte e consistente que ela pareça achamos que estamos bem. Tentamos que a barreira não nos permita pensar. Tentamos que essa barreira nos afaste daquilo que mais gostamos. Tentamos que a barreira não caía. Tentamos que essa barreira nos aguente e sustente. Mas a verdade é que quando a barreira não é verdadeira nada disto funciona. Quando a barreira não passa da nossa imaginação ela não tem efeito. Quando, inconscientemente, queremos estar ligados àquilo que a barreira separa ela não faz nada. Quando aquilo que sentimos ultrapassa a barreira ela não tem força. Quando não estamos preparados para esquecer ela não está lá a fazer nada. As barreiras às vezes são criadas pela nossa imaginação e por isso não passam disso mesmo: de pura imaginação.

N.Vieira

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

carrossel

Carrossel. Voltas e mais voltas. Uma mais rápida. Outra mais lenta. Rodopios constantes. Breves viagens que parecem uma eternidade. E quando finalmente parece que a viagem está a chegar ao fim, recomeça tudo de novo. Regressam as voltas, os rodopios, as viagens. O parar parece cada vez mais perto. Mas cada vez mais difícil de alcançar. O carrossel não quer parar, mas devia parar. O carrossel não quer ceder, mas a hora está prestes a chegar. O carrossel não quer perder, mas a sua vitória parece já ter sido conquistada. Carrossel, carrossel... será que parou?

N.Vieira

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

o mundo

No meu mundo. Com os meus "problemas". As minhas adversidades. As coisas que não me ajudam. Os pensamentos que poderiam não estar presentes. Mas... como é possível esquecer-me do mundo? Dos problemas dos outros. Das adversidades que alguns sofrem. Das coisas que não ajudam as pessoas. Dos pensamentos que destroem alguns seres humanos. Porque às vezes não se trata somente do meu mundo. Trata-se do nosso mundo. Com milhares de pessoas que precisam de nós. Com milhares de pessoas que podiam contar com um sorriso nosso. Com milhares de pessoas que ainda estão lá. Não as podemos "perder", temos de fazer por elas. Porque às vezes acho que sou grande, mas na realidade sou pequena. O mundo é bem maior. 

N.Vieira

domingo, 18 de dezembro de 2011

um ano

365 dias. 12 meses. 1 ano. Mil coisas acontecem. Demasiado se sucede. Várias pessoas entram ou saem da nossa vida. Algumas delas modificam-na. Outras têm uma passagem temporária mas não menos importante. Objectivos são traçados. Uns são cumpridos, outros nem por isso. Visitas são feitas, vezes sem conta. Locais são conhecidos. Segredos são descobertos. Mais um ano que passa. Mais um ano que vale a pena. Mais um ano a ter em conta. Mais desejos a concretizar. Porque às vezes se trata somente disto: de um ano, com tudo de bom e marcante que ele traz.

N.Vieira

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

se tiver de ficar

Não se trata de finalmente desistir. Não se trata de não querer mais. Não se trata de deixar de acreditar. Trata-se de deixar ir. Trata-se de libertar. Trata-se de ver as coisas como elas realmente são. Porque aquilo que não é nosso segue o seu caminho, livre e independente. E aquilo que é realmente nosso para sempre o será, independentemente das voltas e mais voltas que a vida dá. Porque se um dia tiver de ficar, vai ficar.

N.Vieira

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

palavras & actos

Dizem que as palavras valem muito. Mas será que valem assim tanto? De que vale afirmar, duvidar ou negar algo? De que vale aquilo que se ouve? De que vale o que se diz ou é dito? De que vale... Se os actos "dizem", provavelmente, o contrário. Se os actos não suportam o que se diz. Se os actos não estão ao lado das palavras a que lhe estão associadas. Se aquilo que se faz não segue exactamente aquilo que é dito. Se aquilo que se faz por acontecer é o oposto do que se diz. As palavras valem muito, significam muito, verdade. Mas às vezes os actos não podem ser ignorados, postos de lado. Palavras e actos, duas palavras que podem e que, muitas vezes, valem por uma só. 

N.Vieira

domingo, 11 de dezembro de 2011

just like the weather

"Cause she's just like the weather, can't hold her together". Too many things. To many feelings. To many thoughts. Too many dreams. Too many pieces. Too many fears. Too many joys. Too many disconnections. Too many voices. Too many bits. Too many me's... just like the weather.

N.Vieira

sábado, 10 de dezembro de 2011

escuro antes de amanhecer

"Regrets collect like old friends
Here to relieve your darkest moments
I can see no way, I can see no way
All of the ghouls come out to play

And every demond wants his pound of flesh
But I like to keep sme things to myself
I like to keep my issues strong
It's always darkest before the dawn

And I've been a fool and I've been blind
I can never leave the past behind
I can see no way, I can see no way
I'm always dragging that horse around"


Aplicava-se bem ao dia de hoje. Ao momento de hoje. Porque é sempre escuro antes de amanhecer.

N.Vieira

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

uma vida

Um não quando o quer sair é um sim. Uma probabilidade quando o que se quer que seja é uma certeza. Uma mentira quando o que devia sair era uma verdade. Um medo quando o que se queria era coragem. Um olhar quando o que devia ser era um toque. Uma fala quando o mais fácil era o silêncio. Uma lágrima quando o que devia sair era um sorriso. Um pesadelo quando o que devia ser era um sonho. Uma vida que na verdade era isso mesmo: uma vida, com tudo o que ela tinha de bom e mau. 

N.Vieira

domingo, 4 de dezembro de 2011

copo meio vazio

O copo estava meio vazio. A música estava alta. O quarto estava um caos. A noite estava profunda. O olhar estava intacto. A mão estava desprotegida. Os dedos estavam receosos. A boca estava seca. O respirar estava ofegante. A mente estava cheia. O pensamento estava obstruído. O coração estava frágil. O espírito estava sem reacção. Estava tudo igual: tal e qual como tinha sido deixado.

N.Vieira

sábado, 3 de dezembro de 2011

contradições

Preto no branco.  Cheio no vazio. Quadrado no redondo.Torto no direito. Tristeza na felicidade. Amor no ódio. Abraço na distância. Desprezo no carinho. Sonho no pesadelo. Gostar no detestar. Lembrança no esquecimento. Sol na chuva. Lua cheia na lua nova. Nuvens no céu azul. Choro no riso. Fala no silêncio. Toque na curiosidade. Aventura no medo. Arriscar no desconhecido. Tudo no nada. Porque a vida é mesmo assim: feita de contradições.

N.Vieira