Gritou. Este não era um grito de alivio. Este não era um grito de desespero. Era um grito verdadeiro. Um grito de frustração. O acto de gritar não lhe era comum. Mas, naquela hora, tinha de o fazer. O acto de gritar libertava aquilo que o corpo escondia. A liberdade era finalmente sentida, vivida. O corpo continha aquilo há demasiados meses, semanas, dias, horas, minutos, segundos. O grito não vinha por desespero, sublinho. O grito vinha porque assim tinha de ser. E não se pode ignorar um grito. Venha ele de onde vier.
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