Shiuu. Dizia para si mesmo. Queria ouvir o nada, sentir o silêncio. Desde que tinha saído do seu casulo gostava de contemplar o silêncio, principalmente aquele. Tinha posto de lado o barulho ensurdecedor que o impedia de agir. Ficava ali sentado, parado. Só depois agia, mas agora sem medos, sem inseguranças. A atmosfera da casa tinha-se tornado mais acolhedora, mais sua. Precisava daqueles seus momentos. Quando se levantava tudo lhe parecia mais simples, menos confuso. A questão era essa: tinha aprendido a conviver consigo e com o seu silêncio. A surdez tinha tornado real um mundo que antes achava ser só possível nos sonhos. Agora era ele e o seu silêncio. Agora era mais feliz. Quem diria, certo?
N.Vieira
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